sábado, 13 de agosto de 2011

PSD pressiona Justiça Eleitoral para acelerar processo de fundação

Líderes do novo partido precisam oficializar criação da legenda para se candidatar em 2012.
Manaus - Líderes do Partido Social Democrata (PSD), em Brasília, pressionam a Justiça Eleitoral para acelerar o processo de fundação da legenda, que precisa estar registrada no Tribunal Superior Eleitoral(TSE) até setembro para disputar as eleições do ano que vem.

A pedido do PSD, a ministra Nancy Andrighi solicitou às corregedorias regionais eleitorais de Mato Grosso, Paraná, Amazonas e Bahia que informassem ao TSE a conferência de assinaturas de eleitores nas listas de apoio à formação do novo partido.

O principal entrave à oficialização do partido são denúncias de fraude nas assinaturas de apoio a sua fundação, em todo o País, e a acusação de que o criador da legenda, Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, faz uso da máquina da Prefeitura para promover a sigla.

As suspeitas contra as assinaturas de abaixo-assinado para a criação do PSD começaram a eclodir no início de julho. Santa Catarina, São Paulo e Goiás já identificaram fraudes nos documentos.

No Amazonas, a Polícia Federal (PF) já abriu um inquérito para averiguar uma série de assinaturas coletadas pelos militantes do PSD para a criação da legenda. O pedido foi inicialmente feito pelo promotor Aguinelo Balbi Junior, responsável pela 58º Zona Eleitoral do Amazonas. A PF ainda analisa outras duas denúncias de fraude em assinaturas recolhidas pelo PSD.

O corregedor regional da PF, Wesley Sirlam de Aguiar, informou que a investigação será feita pela Delegacia de Defesa Institucional (Delinst), que é especializada em crimes eleitorais. Aguiar conta que, por enquanto, as investigações estão paradas, já que o títular da Delinst, delegado Ângelo Solano, está em viagem até o fim de semana.

Aguiar ainda destaca que a investigação exige um processo pericial demorado, em que a PF terá que intimar todas as pessoas suspeitas a comparecer à delegacia e coletar novas assinaturas.

A PF ainda pericia outros dois grupos de assinaturas suspeitas de fraude pelo PSD. Um deles foi encaminhado pelo juiz Carlos Zamith, da 62ª Zona Eleitoral. O outro, pelo juiz da 59º Zona Eleitoral, Marcos Maciel.

Segundo o juiz Carlos Zamith, a falta de servidores tem dificultado a análise das assinaturas. Inicialmente, ele informou ter 600 assinaturas suspeitas em sua zona eleitoral, mas acabou enviando apenas 16 delas para a perícia da PF, argumentando que há pouco pessoal para fazer a seleção dos nomes suspeitos.

O Portal D24AM tentou entrar em contato com o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas(TRE-AM), desembargador Flávio Pascarelli, para saber se ele atendeu ao pedido do TSE, mas não obteve sucesso.



Partido oficializa presidente no fim de semana

A eleição do diretório estadual do PSD está programada para acontecer neste final de semana, informou o secretário-geral da Comissão Provisória Regional do PSD no Amazonas, Paulo Radin. Até o fechamento desta edição, ainda não havia confirmação do horário e local do evento.
De acordo com o secretário-geral, tudo indica que o presidente da sigla no Amazonas será o governador do Estado, Omar Aziz.

“Não há nenhum movimento contrário. Tudo está se encaminhando para que ele seja o presidente do partido no Amazonas, uma vez que ele é a principal liderança. No entanto, nada impede que outra pessoa exerça essa função, mas por indicação do próprio governador”, explicou Radin.

Ele afirmou ainda que o diretório do PSD será composto por aproximadamente 30 membros. Após a eleição, os componentes deverão realizar uma reunião para eleger a comissão executiva definitiva.
No último dia 10 de abril, o criador da legenda, Gilberto Kassab, coordenou o lançamento do PSD no Estado. O evento ocorreu no auditório da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) e contou com cerca de 500 pessoas. Neste mesmo dia, o governador anunciou sua saída oficial do PMN e disse que decidiu aderir ao PSD por acreditar que a sigla é uma nova vertente democrática, que tem potencial para ser um dos maiores partidos do País e porque se posicionou ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT).

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